quarta-feira, 18 de março de 2015

O Barba Negra (Florianópolis - SC) - 23/02/2015



(Este texto foi escrito na volta da nossa viagem de férias, ou seja, depois de algumas semanas da ida ao restaurante, baseado em nossas anotações, fotos e memórias. Alguns detalhes podem ter se perdido no tempo e no espaço)

Chovia bastante em Florianópolis naquela noite. Ainda assim deixamos nossa pousada na Barra da Lagoa para irmos até o restaurante "O Barba Negra", que fica na Lagoa da Conceição, local repleto de bares e restaurantes na capital catarinense. Eu já tinha conseguido parar o carro bem em frente ao restô, mas quando vi que havia estacionamento próprio me dirigi à entradinha, que me levou lá pros fundos do estabelecimento. Má decisão, já que tivemos que andar mais e ainda pisar na areia molhada, já que o estacionamento não é cimentado. Paciência.

Chris na fachada do restô

Ambiente fechado, com ar condicionado em boa temperatura. Simples, nada muito sofisticado, grandes e redondas luminárias, móveis de madeira, pouca decoração nas mesas, em verdade apenas os pratos e um jogo americano. Ao fundo, a adega da casa. A grande decoração vem de suas janelas de vidro, que dão vista à lagoa, embora de noite e com chuva não houvesse muito o que ver.


 O serviço não foi lá essas coisas. Demorou bastante pra nos trazer o cardápio, depois sempre demorava um pouco pra notar que precisávamos de algo. Não havia guardanapo na mesa. Mas no geral os garçons, quando apareciam, eram bem simpáticos.

O cardápio conta um pouquinho da história do restaurante, fundado por um casal de bancários paulistas (coincidência?), que largou tudo pra montar seu restaurante em Floripa, em 2002. O nome, que faz referência a um famoso pirata, surgiu porque eles se sentiam como piratas invadindo uma ilha que não era deles. Outra coisa interessante do menu é que na seção de peixes as receitas aparecem com três opções de pescados (salmão, linguado e côngrio), cada uma com um preço diferente. 

Cardápio levantado só pra sair na foto

Decidimos começar com uma salada, e como costumeiramente fazemos, pedimos a salada da casa, de nome Salada Barba Negra (R$ 21,00). Afinal, Caesar Salad tem em todo lugar, né? A tal salada vinha com um mix de folhas verdes, além de endívia, palmito, tomate cereja e parmesão. Rolava um molhinho por cima dela, mas era tão pouco que não deu nem pra saber o que era direito. E claro, na mesa havia os básicos azeite/vinagre/sal. O palmito estava bom (adoro pedir coisas com palmito cru, porque a Chris não come e eu sou "obrigado" a ingerir tudo), o mix de folhas era diversificado, vieram duas folhas de endívia (o bagulho é caro, gente!), veio em boa quantidade e bem apresentadinha. Mas, né, nada de mais.


Cara de besta e a salada

Embora houvesse opções individuais no cardápio, decidimos pedir um prato para duas pessoas. E o escolhido foi o côngrio à belle meunière. Infelizmente em minhas anotações esqueci de colocar o preço do danado, mas era algo em torno de R$ 100,00. O côngrio era o mais caro entre as três opções de peixe, mas a diferença não era tão grande, e o escolhemos porque nunca tínhamos comido o tal. O peixe feito à meunière é passado na farinha, depois frito na manteiga. O peixe à belle meunière é uma variação mais sofisticada desta receita, e vem com alcaparras, champignon e camarão. Ambas surgiram na França, como o nome sugere. O nosso veio com tudo isso, e pra acompanhar, arroz e batata sauté.

O serviço não é empratado, de modo que chegou uma travessa com o peixe, e outra com o arroz e a batata. Boa quantidade, e apresentação bacana, inclusive com "desenhinhos" na travessa do peixe. Eu e Chris sempre nos divertimos com os "desenhinhos" que os chefs fazem com os molhos. Pra variar, Chris achou o arroz sem gosto, bem como a batata. Desta vez concordei com ela. Mas o peixe estava muito bom, no ponto certo, com uma crostinha por baixo que dava uma crocância boa. Não economizaram nos camarões, e alguns até sobreviveram, se é que se pode dizer assim, ao final do banquete. O côngrio tem a carne bem branca, e firme, além de ser um peixe bem saboroso.

O prato e seus "desenhinhos"

Finalizamos com uma panna cotta com coulis de frutas vermelhas (R$ 13,00). Panna cotta é, literalmente, "nata cozida", e se assemelha a um flan, embora não seja idêntico. Coulis de frutas vermelhas é um nome fresco para calda de frutas vermelhas. As coisas em francês ficam muito chiques mesmo. De qualquer modo, estava bem gostoso. Poderia até vir um pouco mais de cald...ops, coulis, que não iríamos reclamar. Mas devoramos em alguns milésimos de segundo a sobremesa todinha, o que depõe a favor dela.

Chris e a nata cozida

Curioso. Não desgostamos da refeição principal, nem de nada em especial. Mas, para usar de novo a palavra, nada foi especial. Foi tudo meio na média. Talvez por isso ambos tenhamos chegado à conclusão de que não voltaríamos ao restaurante de nossos ex-colegas bancários. O famoso pirata nos rendeu uma noite agradável, em que comemos bem, mas que provavelmente será esquecida daqui a algum tempo. É como se ele fosse o quarto filme da franquia Piratas do Caribe: diverte por duas horas, mas é esquecido em poucos dias.


AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 6 e 6
Serviço(2): 6 e 6
Entrada(2): 6 e 6
Prato principal(3): 7 e 7,5
Sobremesa(2): 8 e 7
Custo-benefício(1): 6 e 7
Média: 6,58 e 6,62
Voltaria?: Não e não

Serviço:
Avenida das Rendeiras, 1628 - Lagoa da Conceição - Florianópolis - SC
Telefone: (48) 3232-5098
Site: http://www.barbanegra.com.br/index.html
Facebook: O Barba Negra

Um comentário:

  1. Se eu fosse vocês começava a procurar uma ilha como seus colegas.

    Eu iria adorar! Fiquei com vontade do peixinho... Beijo da mama.

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